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Um blogueiro que trabalha, parte 2

“Histórias verídicas de um cara que batalha para encontrar o rumo da felicidade neste submundo capitalista. E... ele sempre vence!”


Episódio 2: Pensei que era o cara, mas não é bem assim.

Pra quem não sabe eu trabalho num escritório, como assistente de serviços gerais. Resumindo: sou o cara que faz tudo, obedece a todos e leva a culpa quando alguma coisa sai errado. É maravilhoso. Apesar de todo stress, humilhação e cansaço, pode ser considerado como um ofício bem light, além disso, tem suas inúmeras vantagens.

O problema começa quando você se acostuma com esta vida sedentária e vai perdendo a noção do perigo. De início você vai achando que é o cara e que sem você, simplesmente, não tem empresa. Você é tão confiante que chega segunda-feira e a primeira coisa que faz é tirar um sarro do time do seu superior, que perdeu na última rodada do Campeonato Brasileiro. Você começa à ficar cada dia mais chato e irritante com os colegas e sempre diz que, o prazer de trabalharem junto, é todo deles.

De repente, num belo dia, o empregador percebe que o empregado, no caso você ou eu, pode se dar muito bem realizando uma outra tarefa sem fazer muita, ou nenhuma falta naquele momento, naquele lugar. É a partir daí que o problema cresce. Aí vem as possibilidades.
Existe a possibilidade de, por exemplo, haver uma obra sendo construída pela empresa e que esteja precisando de ajudantes para carregar baldes de concreto por uma escada, 50 degraus acima, debaixo de um sol escaldante. Pra mim existiu essa possibilidade. Sem falar que esse foi o dia mais quente do ano aqui em Campo Alegre.

Mas como o trabalho engrandece o homem e edifica a nação, eu sei que um dia serei recompensado.



Um dia desses eu caminhava tranquilamente pela estrada, quando de repente:

- Salve irmão! As portas do céu estão abertas para nós, fiéis pregadores!
- Hm? Do que você está falando?
- Da Bíblia em seus braços, caro servo de Deus!
- Ah. Não, esse é o meu currículo.

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